quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Brasileiros ganham ouro, prata e bronze na Olimpíada Internacional de Matemática

Ao todo o Brasil conquistou 13 medalhas, sete de bronze, cinco de prata e uma de ouro na Olimpíada Internacional de Matemática (IMC 2011), disputada na Bulgária. Os estudantes foram selecionados por meio da Olimpíada Brasileira de Matemática (OBM), que conta com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI).
Na olimpíada, os participantes devem resolver duas provas aplicadas em dois dias consecutivos com um tempo de cinco horas por dia. As provas são em inglês e incluem questões de álgebra, análise real e complexa, e combinatória. As pontuações somadas determinam os vencedores. O Brasil já conquistou 84 medalhas, desde 2003, quando começou a participar da competição.
O medalhista de ouro, Renan Finder, de 19 anos, ficou na 13ª colocação geral da competição, alcançando 65 pontos de um total 100. Apesar da pouca idade, Renan já participou de olimpíadas internacionais de Informática e Física. Lançado no último dia 26 de julho, o Programa Ciência sem Fronteiras vai ofertar 75 mil bolsas para que os melhores estudantes brasileiros estudem nas melhores universidades do mundo. Além dos estudantes que obtêm 600 pontos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), aqueles que são vencedores em olimpíadas também poderão ser contemplados.
A delegação nacional foi composta pelas equipes olímpicas da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), do Instituto Militar de Engenharia (IME), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e da Fundação Getúlio Vargas (FGV-Rio). Ao todo, participaram da competição 305 estudantes, representando 77 instituições de ensino superior de todo o mundo.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Hackers publicam dados da Satiagraha


Grupo conhecido como LulzSecBrazil divulga diretório com 8 GB de informações com fotos, escutas e relatórios feitos pela PF na operação
Após uma série de invasões superficiais a sites do governo, o grupo hacker LulzSecBrazil pôs na web um diretório com 8 GB de documentos da Operação Satiagraha. São fotos, áudios, vídeos e relatórios reunidos pela Polícia Federal durante as investigações, em 2008.
"Encontramos os arquivos em servidores abertos", explicou ao Estado o porta-voz do grupo, conhecido como Bile Day. "Não posso revelar a técnica que usamos, mas em geral nos servidores há vários tipos de falhas, como erros nas páginas do site, portas de serviços abertas e senhas fracas", afirmou.
O LulzSecBrazil é formado por seis pessoas, que contam com a ajuda de colaboradores. Bile Day disse que a maioria dos dados é obtida em "invasões".
Os documentos da operação, porém, já haviam sido publicados em partes em outros sites e supostamente estariam em um pen drive do próprio delegado Protógenes Queiroz, hoje deputado pelo PC do B. "É um vazamento de informação clássico. Não parece sequer invasão de sistema", avaliou Pedro Markun, ativista da web e criador da comunidade online Transparência Hacker.
Antecedentes. A operação brasileira ocorreu pouco depois de o grupo hacker estrangeiro AntiSec divulgar 10 GB de dados confidenciais do FBI. A ação foi uma retaliação à prisão pelos federais americanos de Jake Davis, conhecido como Topiary, jovem de 18 anos que cuidava da comunicação do grupo LulzSec no mundo. Segundo Bile Day, o ataque no Brasil foi coordenado com os grupos estrangeiros.
O LulzSecBrazil é o mesmo grupo que derrubou em junho sites da Presidência e de outros órgãos do governo. Os primeiros ataques, porém, foram superficiais. Os hackers usaram técnicas como DDoS (em que vários acessos ao mesmo tempo provocam a derrubada de um site) e "defacement" (em que a aparência da página é alterada). Não houve invasão de servidores nem roubo de informações.
Segundo o porta-voz do grupo, os primeiros ataques tinham o objetivo de "chamar a atenção da população". "Depois começamos com invasões para obtenção de dados", explica Bile Day.
A maioria dos ataques é feita nos fins de semana, quando são organizados protestos nas ruas contra a corrupção e "por mais liberdade na internet". "Eles continuam "experimentando" formas de reagir, buscando formas efetivas de protesto sem, talvez, fazer uma reflexão muito longa sobre o que esses atos significam", disse Markun.
PARA LEMBRAR
A Satiagraha, deflagrada em julho de 2008 pela Polícia Federal, tinha como alvo o banqueiro Daniel Dantas, por suspeita de crimes financeiros. Foi uma das mais espetaculares operações da PF, sob ordens do delegado Protógenes Queiroz. A ação provocou embate entre o juiz Fausto De Sanctis, que mandou prender Dantas, e o ministro Gilmar Mendes, então presidente do Supremo Tribunal Federal, que mandou soltar. Em junho, o Superior Tribunal de Justiça anulou a investigação porque arapongas da Agência Brasileira de Inteligência haviam participado dos trabalhos.
 
Fonte: O Estado de S.Paulo
Quarta-feira, 10 de agosto de 2011