quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Quarto bimestre labinfo

COLOCAR: NOME TURMA E NÚMERO
Copie e cole o link para a barra de endereço:
Observar o que ocorre quando mudamos uma variável: P=pressão, V=volume e T=temperatura.
http://phet.colorado.edu/en/simulation/states-of-matter 
http://www.labvirtq.fe.usp.br/applet.asp?time=9:40:46&lom=10743


O quê ocorre com o manômetro quando mudamos:P=pressão,
V=volume e T=temperatura.
http://www.labvirtq.fe.usp.br/applet.asp?time=9:40:46&lom=10610

http://www.labvirtq.fe.usp.br/applet.asp?time=9:40:46&lom=10832

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Leitura para o quarto bimestre

Leia o primeiro artigo e o segundo.


FAZER UM RESUMO SOBRE OS GASES E COLOCAR EM COMENTÁRIOS DO BLOG. COLOCAR: NOME TURMA E NÚMERO
Copie e cole o link para a barra de endereço:
qnesc.sbq.org.br/online/qnesc02/atual2.pdf

http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc09/atual.pdf

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Recuperação do segundo bimestre

Escolha um experimento do site Química Nova na Escola e traga impresso.
Você deve testar o o experimento em casa e apresentar no dia 15/10/10 pelo período da manhã entre 8:00 e 9:30.
O experimento deve funcionar.
Você deve dominar o conteúdo para a apresentação.
O aluno deve trazer todos os materiais.
Pode ser feito individualmente ou em dupla.
Em cada turma não pode haver trabalhos iguais.
Copie e cole o link para a barra de endereço:
http://qnesc.sbq.org.br/online/

Manutenção de PCs: como testar se uma fonte está queimada?

Se o seu computador não liga, não pisca e nem dá sinal de vida, a probabilidade da fonte ter queimado é alta. Mas como testá-la? Com este artigo você aprenderá, e de forma bem simples!

Por Igor Pankiewicz em 14/8/2009

Problemas com computadores acontecem. Por mais cuidadosos que nós sejamos com nossos preciosos e queridos equipamentos, a realidade é que dificilmente alguém escapará desta triste situação. Para alguns deles, existem apitos da placa mãe, para outros sinais e avisos na BIOS. Alguns componentes especiais hoje vêm equipados de fábrica até mesmo com LED indicadores numerados, bastando uma rápida consulta no manual.
Mas e quando você pressiona o botão de força e nada acontece (não há nenhum barulho, nem luz e nem ruídos dos discos rígidos, muito menos um drive de DVD trabalhando), o que fazer nesta hora tão desesperadora?
A primeira dica sempre é verificar os cabos e as suas respectivas conexões entre tomada e a fonte, pois em alguns casos de sobrecarga o equipamento corta o fornecimento de energia para o computador. Nessas situações o problema é resolvido rapidamente com a retirada e a reinserção do cabo de alimentação.
O problema é a falta de energia, mas não na tomada
Para outros modelos, existe também uma chave de liga/desliga na parte de trás, geralmente logo abaixo da ventoinha. Verifique-a em ambas as posições e tente ligar o computador.
Agora, se tudo está devidamente ligado e há energia passando pela tomada, uma das grandes possibilidades é a da sua fonte ter queimado. E para que você tenha certeza de que foi isso que aconteceu, o Baixaki preparou algumas dicas e testes bem rápidos que podem ser realizados para você não ter que desmontar o PC, peça por peça, em busca de uma solução.
Pronto para colocar a suspeita em ação? Então vamos ao trabalho! E que fique bem claro: estes passos são válidos apenas para fontes do tipo ATX!
Abrindo o computador
O primeiro passo é abrir a lateral do computador com uma chave de fenda, de modo a garantir o acesso aos cabos e componentes. Basta retirar os três parafusos que ficam na parte de trás da porta lateral e puxá-la. Para conferir em mais detalhes como realizar a abertura correta do gabinete, não deixe de conferir nosso outro artigo da série de manutenção.
Parafusos que devem ser retirados do gabinete
Com a lateral retirada, comece a remover todos os cabos de alimentação que estão ligados aos componentes do computador, como discos rígidos, drives de DVD, ventoinhas e placa mãe.
Para o próximo passo, nós recomendamos que você remova totalmente a fonte do gabinete, de modo a evitar que algum cabo permaneça acidentalmente ligado a algum dos componentes internos.
Testando a fonte
Com a fonte livre, desconectada da tomada e de todas as partes do computador, localize o cabo de alimentação da placa mãe. Ele é o maior de todos, contando com vinte ou vinte e quatro pinos, de acordo com cada versão.
Pinos que devem ser ligados
Pegue um clipe de papel fino e metálico, sem pinturas e dobre-o de modo que ele fique com duas pontas paralelas para baixo. Outra alternativa é utilizar um fio metálico maleável, com as pontas desencapadas.
Com o cabo de alimentação da placa mãe em mãos, localize o terminal do fio verde e insira uma das pontas do clipe ou do fio (ele é responsável pela partida do computador quando o botão de energia é acionado). Logo ao lado deste terminal, deve haver também outro para o fio preto (GND). É nele que deve ser inserida a outra ponta do clipe. A esta altura seu conector da placa mãe deve estar exatamente assim:
Clip de papel inserido
Tudo certo? Então chegou a hora do teste! Cuidadosamente ligue o cabo de alimentação na tomada e depois na fonte. Caso as ventoinhas comecem a girar, você tem um indicativo de que a sua fonte está funcionando normalmente, logo dificilmente ela será uma das causas do computador não estar ligando.
Fonte funcionou?
Medindo adequadamente a tensão
E para as pessoas que possuem multímetros em suas casas, uma dica final (para os casos em que a fonte liga) é também conferir se a distribuição de tensão está correta nos cabos. Para isso, regule o aparelho para modo de alimentação contínua, pegue qualquer terminal preto do cabo da placa mãe e insira a ponta multi-teste preta (com a fonte ainda ligada pelo último teste).
Em seguida, procure pelo fio vermelho e ligue a outra ponta de testes nele. O valor mostrado no aparelho deve ser de 5V, com variação de 0,5V para mais ou para menos. Em seguida, repita o procedimento com o fio amarelo, mantendo a ponta preta no fio preto. A tensão mostrada deve ser de 12V, novamente com variação de 0,5V para mais ou para menos.
Medindo a tensão
Este procedimento também pode ser realizado com as pontas Molex (os encaixes para discos rígidos e outros periféricos, que contem quatro encaixes), valendo os mesmos procedimentos e valores descritos acima.
Xiiiiiiiiiii!! Não deu certo!
Se a sua fonte não deu nem sinal de vida com o teste proposto acima, é provável que ela esteja avariada. O custo do reparo varia também de acordo com a natureza do problema (se for só um fusível, você gastará centavos na troca), mas se você não entende de eletrônica o ideal é buscar a ajuda de um técnico especializado. Caso opte pela compra de uma fonte nova, leve sempre em consideração a necessidade de energia dos seus componentes para não comprar uma abaixo das especificações necessárias.
E para quem não tem a menor ideia de qual fonte ou marca comprar, o Baixaki possui outro artigo especial da série de manutenção, no qual foram detalhadas diversas opções de marcas, qualidades e capacidades, todas separadas e ordenadas em tabela.
Soltar a sua fonte atual e substituí-la também é tarefa simples, bastando a remoção dos parafusos da parte de trás do gabinete (mostrados na imagem abaixo) e a substituição dos equipamentos. A colocação dos cabos e parafusos para o novo equipamento também deve ser bem similar, mas se você possui dúvidas, confira o guia passo a passo aqui mesmo no Baixaki, com fotos e ilustrações perfeitas para iniciantes no assunto.
E você, conseguiu solucionar o problema do seu computador? Não se esqueça de deixar o seu comentário e de dar sugestões, para que nós possamos sempre trazer artigos e dicas a todos os leitores do Baixaki.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Atividade do LabInfo para o terceiro bimestre

Rodar ou fazer o download dos suftwares abaixo.
Fazer um resumo do que ocorre nas reações(ex.: pressão, volume, temperatura, reação, velocidade, reação, energia). POSTAR O RESUMO EM COMENTÁRIOS DO BLOG. COLOCAR: NOME TURMA E NÚMERO. VALOR: 1 PONTO.
COPIE O LINK ABAIXO PARA A BARRA DE ENDEREÇO:
http://phet.colorado.edu/en/simulation/reactions-and-rates
http://phet.colorado.edu/en/simulation/reversible-reactions
CLIQUE EM RUN NOW(BOTÃO VERDE) OU FAÇA O DOWNLOAD.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

País do Futebol

Fiquei indignado com a inovação do estatuto do torcedor, pois é inconcebível um juiz ladrão pegar uma pena de até 6 anos, enquanto a pena de um homicídio culposo no trânsito é de no máximo 4 anos. Esse é mesmo o país do futebol e não da vida humana.

Nanotecnologia pode ajudar no combate ao câncer

Com partículas de magnetita ligadas a anticorpos, cientistas conseguem localizar tumores e queimá-los sem agredir células boas
Cecília Lopes - Da Secretaria de Comunicação da UnB


 Tamanho do Texto

A nanotecnologia pode ser uma grande aliada no combate ao câncer. O professor Andris Bakuzis, da Universidade Federal de Goiás, esteve na UnB para divulgar seu estudo, que serve tanto para localizar tumores quanto para exterminá-los.
A técnica, conhecida como hipertermia magnética, consiste em injetar no paciente nanopartículas de magnetita (cujo tamanho é de um milionésimo de milímetro) agregadas a anticorpos. Os anticorpos são naturalmente atraídos para a área onde o tumor se localiza, envolvendo-o como uma carapaça. As partículas de magnetita são mais fáceis de serem localizados por exames como a tomografia computadorizada ou ressonância magnética nuclear. As nanopartículas têm alto poder de contraste e facilitam a detecção dos tumores, inclusive das metástases.
O tratamento desse tumor também pode ser feito pelas nanopartículas de magnetita. Colocando um campo magnético alternado próximo ao paciente, as nanopartículas são aquecidas e queimam o tumor. (veja a ilustração).
Marcelo Jatobá e Ana Grilo/UnB Agência
“É um tratamento pouco invasivo. As nanopartículas são excelentes agentes de contraste e isso facilita descobrirmos o câncer no começo”, explicou o professor da UFG. O desafio da pesquisa agora é identificar a temperatura exata para matar o tumor sem danificar células normais. Dois métodos são estudados: a morte por apoptose ou por necrose. A temperatura em que a célula morre por apoptose vai até 43C°. A temperatura para que a célula morra por necrose varia entre 45 e 48 C°.
“Nós sabemos que uma célula cancerígena é muito mais sensível a uma variação de temperatura do que células normais. Portanto, pode-se matar células tumorais de forma bastante eficiente se um determinada faixa de temperatura for alcançada, explicou Bakuzis, durante palestra no auditório do Centro Internacional de Física da Matéria Condensada.
BENEFÍCIOS - A quimioterapia é o tratamento mais comum de combate ao câncer, mas a desvantagem é que ela ataca tanto as células boas quanto as doentes. “É claro que existe um jogo para que as células boas vençam a batalha, mas nem sempre isso dá certo”, alerta Bakuzis. Já as nanopartículas são capazes de melhorar o controle de liberação de medicamentos sem danificar outras células e tecidos, diminuindo os efeitos colaterais no paciente.
A ideia é que a hipertermia magnética seja usada pelo menos como uma aliada da quimioterapia e da radioterapia. “É uma técnica complementar que, além de detectar, trata a doença”, defende o professor.
Essa mesma técnica também está sendo estudada em laboratórios dos Estados Unidos, da China, da Espanha, da Alemanha, do Japão, da França e do Brasil. Os pesquisadores estão empenhados em colocar a hipertermia magnética em uso. Bakuzis lembra que o grego Hipócrates, considerado o pai da medicina, já argumentava que aumentar a temperatura curava enfermidades. “Ele dizia que doenças que não podem ser curadas com a febre deveriam ser consideradas incuráveis. Curiosamente, nos dias atuais existem cientistas tentando desenvolver novas técnicas de tratamento de câncer por meio do aumento da temperatura”, explica.

Robô canadense atuará contra bombas na Copa




Polícia Federal  investe R$ 7 milhões em equipamentos que incluem também trajes antifragmentos e tendas com espumas especiais para detonação de explosivos

Mesmo que os assuntos mais noticiados com relação à preparação do Brasil para a Copa do Mundo de 2014 sejam a substituição do técnico Dunga por Mano Menezes e a construção de novos estádios de futebol no país, os preparativos passam também por outras áreas, como a de segurança.

Por isso, para intensificar as políticas antiterrorismo, a Polícia Federal anunciou a aquisição de novos equipamentos tecnológicos focados na prevenção de ataques por bombas.

A compra inclui um robô que detona bombas a distância com jato d'água, traje antifragmentos para proteger os peritos que desmontam artefatos explosivos e uma tenda, parecida com uma barraca de camping, que possui uma espuma especial e é utilizada para implosões de objetos suspeitos feitos com canhões ou granadas. Segundo o perito criminal federal Adauto Pralon, ao todo foram investidos US$ 4 milhões em equipamentos e viaturas especiais, o equivalente a R$ 7 milhões,mas o investimento vai atingir cerca de R$ 17,5 milhões até 2014.

As viaturas compradas se diferem das convencionais por serem maiores e possuírem geradores de energia e equipamentos de iluminação acoplados. Os carros também têm a parte elétrica adaptada para poder disponibilizar tomadas necessárias para ligação dos equipamentos.

A principal aquisição, o robô, se move sobre esteiras, como trator, e possui um sistema de transmissão digital de dados e pode agir emum raio de 200 metros sem perder comunicação comos policiais. Os robôs são fabricados pela empresa canadense Allen Vanguart e custam US$ 860 mil cada, cerca de R$ 1,5 milhão. Foram comprados três até agora.

O investimento inclui três unidades antibomba completas, sendo que duas estão emBrasília e uma no estado do Rio Grande do Sul, e incluem, além do robô, a viatura especial, as roupas de proteção e as barracas de detonação.

A meta, segundo Pralon, é contar com uma unidade dessas em cada uma das doze cidades sede da Copa.

Outras utilidades
Pralon afirma que, apesar das compras de equipamentos antibomba terem como foco a segurança durante a Copa do Mundo de 2014 e Olimpíada de 2016, os aparelhos serão utilizados também em outras ocasiões para, por exemplo, executar ações em ambientes inóspitos para seres humanos e fazer sondagem em locais de alto risco.

Outra novidade tecnológica adquirida pela Polícia Federal e prevista para ser utilizada também em outras oportunidades além dos eventos esportivos é o equipamento portátil de raio-x on-line, comprado da empresa israelense Vidisco, que também pode ser acoplado ao robô antibomba, se necessário. Dessa forma, é possível radiografar objetos suspeitos e checar o que há dentro deles por meio do notebook, que reproduz as imagens. Dessa forma, não há gastos coma impressão de chapas, o que ocorria antes da compra do aparelho.
Roupa antifragmento é similar às do filme Guerra ao Terror
Segundo o perito  criminal federal Adauto Pralon, a realidade da segurança pública brasileira não está tão distante da ficção hollywoodiana. Pralon afirma que as roupas antifragmentos compradas pelo Brasil da empresa canadense Allen Vanguart são as mesmas que as utilizadas no filme Guerra ao Terror, vencedor do Oscar de melhor filme desse ano. A vestimenta é tão importante no roteiro que o título original, The Hurt Locker, ou Armário da Dor, em português, faz alusão às roupas, comparando-as com armários. O robô antibomba, que aparece em várias cenas do longa metragem, no entanto, é "menos versátil que o nosso", diz o especialista da Polícia Federal. Dirigido por Kathryn Bigelow, o filme retrata um esquadrão antibombas  do Exército americano formado por três soldados em missão no Iraque. O foco do grupo é desarmar explosivos encontrados em áreas civis do país.
Fonte: Carolina Pereira
Brasil Econômico
Sexta-feira, 03 de setembro de 2010

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

cadeirinha de elevação

VEJAM O EMAIL QUE MANDEI PARA O DFTV:
Gostaria que os senhores perguntassem as autoridades de trânsito o motivo da cadeirinha para crianças de 4 anos de idade, pois a única coisa que ocorre é a elevação da criança. Assim, a criança deve ser colocada no banco transeiro no meio do banco. Qual a diferença de ficar com ou sem cadeirinha??? Tenho uma sobrinha que vai fazer 4 anos e acho um absurdo deixar de levá-la para passear de carro e ter que ir de lotação ou ônibus que não possuem cinto de segurança. Essa também é a dúvida de milhares de motoristas. Muito obrigado.
QUEM CONSEGUE EXPLICAR ESSA SITUAÇÃO??

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Estudante da UnB apresenta sistema de válvulas para equipe da Fórmula 1

Luana Lleras/UnB Agência
Felipe Borges, aluno de Engenharia Mecânica, em laboratório da FT 

Projeto de Felipe Borges reduz o peso e amplia a performance do motor. Trabalho foi mostrado na fábrica da Renault na Inglaterra
João Campos - Da Secretaria de Comunicação da UnB


 Tamanho do Texto

Por trás do vôo baixo dos carros da F1, a mais de 300 km/h, existe uma parafernália tecnológica que foge à imaginação. O melhor desempenho está nos detalhes, representados por décimos de segundo. Em busca de inovação em áreas como a Mecânica e a Aerodinâmica, todo ano a equipe Renault seleciona 11 projetos científicos de estudantes de graduação espalhados pelo mundo. Apenas um do Brasil. Na edição 2010 do Altran Engeneering Aacademy, em Eston, na Inglaterra, o representante brasileiro é da Universidade de Brasília.
Felipe Borges tem 21 anos e muitas ideias. A que despertou a gana de uma das maiores equipes da F1, imortalizada por pilotos como Alain Prost, é um novo sistema de válvulas – parte do motor que controla a entrada e saída de ar para queima de combustível. “O modelo que elaborei reduz o peso do motor em cerca de 15%, aumenta a performance do carro em 20%, diminui o uso de combustível e, assim, a emissão de gases poluentes”, afirma o futuro engenheiro mecânico.
O jovem brasiliense explica que o atual sistema de válvulas, usado tanto em veículos populares como nos de corrida, demanda energia em excesso dos motores. Chamado de “poppet”, o modelo consiste em dois cilindros – um para entrada e outro para saída de gás – que sobem e descem para permitir o fluxo de ar. “Além do peso das peças, o atrito é de ferro com ferro. É um sistema de alta força de inércia”, conta Felipe, destacando que na F1 o giro dos motores chega a 18 mil rotações por minuto.
Ana Rita Grilo/UnB Agência
Sistema normal de válvulas gera atrito e inércia

Além do alto consumo de energia, o sistema “poppet” está atrelado ao giro do motor, ou seja, quanto maior a velocidade, mais rápido as peças se movem. “Isso impossibilita um controle mais preciso da entrada de ar, o que permitiria atingir um desempenho ótimo do motor”, observa o aluno da Faculdade de Tecnologia (FT). No projeto selecionado pela Renault F1, Felipe apresenta um modelo com peças estáticas, feitas com um material especial, e que permite o controle das válvulas, independentemente do giro do motor.
PULO DO GATO – Para compor o sistema ideal, Felipe resgata um antigo tipo de válvula, desenvolvido e usado na primeira metade do século XX. Batizado de válvula giratória, o modelo é composto por um disco com uma abertura na extremidade. A peça gira sobre os buracos de entrada e saída de ar, alternando a abertura. “Por exigir menos força, o conjunto torna o motor mais eficiente”, diz Felipe Borges, que em julho passou dois dias na fábrica da Renault F1, na Inglaterra.
Aluno do 7º semestre de Engenharia Mecânica, ele conta que o sistema giratório acabou substituído pelo “poppet” na década de 1960, por problemas como o excesso de desgaste das peças e lubrificação. “Naquela época não havia tecnologia para montar discos resistentes o suficiente”, observa. Hoje, no entanto, os tempos são outros. O jovem de tatuagem na perna sugere o uso do DLC (Diamond Like Carbon) na fabricação das peças. “É um material resistente já usado em carros de corrida”.
Até aí, sem novidades. O pulo do gato do projeto brasileiro está em assegurar a independência das válvulas em relação ao giro do motor. Ao invés de um disco giratório, Felipe montou um sistema com dois discos idênticos e sobrepostos. “Por meio de um sistema elétrico, um deles pode ter a velocidade reduzida. Deslizando sobre o outro, aumenta ou diminui o espaço de entrada de ar nos cilindros de modo a atingir a máxima performance do motor”, descreve.
Marcelo Jatobá/UnB Agência
Os dois discos do sistema desenhado por Felipe são sobrepostos, e controlam a saída e a entrada de ar

PELO TELEFONE –
 Quando enviou o projeto para o concurso, Felipe estava em um intercâmbio em Praga, capital da República Tcheca. “Recebi a convocação para apresentar o trabalho junto com outros quatro finalistas brasileiros em São Paulo, mas ainda estava fora do país". Ás da tecnologia, ele acabou fazendo sua apresentação via Skype (programa que permite conferências de vídeos via internet).
Dos 11 trabalhos selecionados para ir à Inglaterra, apenas dois foram premiados com seis meses de estágio na Renault F1. O de Felipe não é um deles. Mas, para o estudante, o reconhecimento e a oportunidade de conhecer de perto a fábrica da montadora francesa, fundada em 1898, já representa o lugar mais alto do podium. “Foi um divisor de águas. Aquilo é outro mundo, simplesmente não há limites para a criação”, conta o jovem, que pretende seguir carreira na área de engenharia de motores.
O professor Alberto Diniz, chefe do Departamento de Engenharia Mecânica, elogia a iniciativa de Felipe. “É muito importante que nossos alunos se envolvam em projetos externos, fora das salas de aula”, comenta. O engenheiro destaca a qualidade do trabalho que, apesar de ter sido uma iniciativa do estudante, contou com a orientação de professores do departamento. “O projeto apresentou a pesquisa sobre a mecânica em si. Ações como essa elevam o nome da UnB e a formação de nossos alunos”.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Estudantes da UnB desenvolvem robôs para a Nasa

Luiz Filipe Barcelos/UnB Agência


Diego Viot e Flávio Dias passaram um mês nos EUA, onde ajudaram a criar protótipos de máquinas que devem explorar o espaço
João Campos e Thais Antonio - Da Secretaria de Comunicação da UnB


 Tamanho do Texto

A corrida espacial do século XXI passa pela Universidade de Brasília. Os estudantes de graduação da Faculdade de Tecnologia (FT) Flávio Dias e Diego Viot, ambos de 23 anos, foram selecionados para participar de uma parceria inédita entre o governo federal e a Agência Espacial Americana (Nasa). Em julho, a dupla esteve em Maryland, nos Estados Unidos (EUA), onde contribuiu com a criação de dois projetos pilotos de robôs que devem, em futuro não muito distante, explorar ambientes fora da Terra.
O Moondog (cachorro da lua, em inglês) é um dos projetos do Nasa Engineering Boot Camp que recebeu um toque brasileiro. Trata-se de um robô para a coleta de amostras de água e solo em ambientes inóspitos. "Fizemos um protótipo que será testado em regiões de difícil acesso da Groenlândia (ilha entre o oceano Atlântico e o mar Glacial Ártico, a leste do Canadá) em 2011", conta Flávio, aluno da Engenharia Mecânica. O objetivo é chegar a um modelo que se adapte às condições lunares.
Arquivo pessoal
O jovem ajudou a conceber o sistema de tração do robô. A primeira versão contou com quatro grandes rodas envoltas em correntes. "Essa opção se mostrou falha nos testes na areia, pois em lugares de neve ou terra fofa a máquina pode atolar", explica. A solução adotada pela equipe foram duas esteiras, como as usadas em tanques de guerra. "Assim aumentamos a área e diminuímos a pressão sobre o solo, o que garante maior sucesso na locomoção do robô", completa Flávio, aluno do 4º semestre.
Arquivo pessoal
Com cerca de 1,5m de comprimento por 1,5m de largura, a máquina movida a energia solar tem capacidade para transportar até 125kg de carga. O controle do Moondog ocorre via satélite. É aí que entra o trabalho de Diego Viot. "Criamos um microcontrolador capaz de direcionar as informações para dois processadores acoplados ao robô", detalha o futuro engenheiro elétrico. A tecnologia garante, por exemplo, que a máquina obedeça aos comandos de virar ou coletar uma pedra.        
PINGUIM - Os jovens participaram ainda de outro projeto do Centro de Vôos Espaciais Goddard, da Nasa. Batizado de Large, o programa busca desenvolver uma rede de robôs capaz de explorar ambientes de difícil acesso e relevo instável. "Existe uma máquina mãe que recebe comandos e conta com autonomia para redistribuir as informações entre os filhotes", explica Diego, que há um ano está na UnB por meio de um intercâmbio acadêmico com a Universidade Federal do Ceará.

O estudante participou do desenvolvimento de um software para um dos "filhotes", também chamados de "pinguins". Por meio de um dispositivo de raio laser, a máquina escaneia o ambiente e gera uma imagem 3D para localizar outros robôs que tenham se "perdido da mãe". "Criamos um programa que permite o mapeamento completo de uma área em 360º", conta Diego. Tanto o protótipo da "mãe", como o do "pinguim" já estão prontos para a primeira fase de testes, ainda em ambientes terrestres.    
SONHO - É a primeira vez que brasileiros participam de um programa do Nasa Engineering Boot Camp, que ocorre nos verões americanos. Além de Flávio e Diego, outros dois alunos, de Minas Gerais e Rio de Janeiro, estiveram no projeto que recebeu um total de 50 estudantes de diversos países, como Espanha, Argentina e México. "Foi um dos momentos mais importantes da minha vida", afirma Flávio, que nunca tinha viajado para fora do Brasil. "É a realização de um sonho representar o país na Nasa", completa Diego.
A dupla, que passou 30 dias nos EUA, teve os currículos selecionados em um projeto do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT). O secretário para Inclusão Social do MCT, Roosevelt Tomé, explica que este é o primeiro passo para a aproximação entre as universidades brasileiras e a Nasa. "Nossa preocupação é garantir que os estudantes disseminem o que foi aprendido", disse. "Precisamos criar condições para que esse conhecimento fique no Brasil para que não exportemos cérebros para o exterior", completa o secretário.
Diego e Flávio vão buscar apoio para retornar à terra do Tio Sam em 2011. "Queremos dar continuidade aos projetos", afirma Flávio, que pretende seguir carreira na área espacial. Os estudantes acreditam que é preciso o engajamento não só do governo, mas também das universidades para que outros jovens tenham a oportunidade que eles tiveram. "Ainda há pouco investimento em intercâmbios como esse, que foi muito enriquecedor para nossa formação", observa Diego.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Óleo de macaúba pode baratear a produção de biodiesel

Óleo de macaúba pode baratear a produção de biodiesel
Pesquisa desenvolvida na UnB será apresentada no IV Workshop Internacional sobre Bioenergia e Meio Ambiente, na Bahia

Cecília Lopes - Da Secretaria de Comunicação da UnB

 Tamanho do Texto

Na próxima segunda-feira, 9 de agosto, começa o IV Workshop Internacional sobre Bioenergia e Meio Ambiente, em Salvador, Bahia. No segundo dia de encontro, Paulo Anselmo Suarez, coordenador do curso de Química Tecnológica da UnB, mostrará uma nova tecnologia para a produção de biodiesel utilizando como matéria prima o óleo de macaúba. “A produção de biodiesel fica cara por conta da matéria prima utilizada. Vamos mostrar uma forma de fazer o combustível com matéria prima abundante no Centro-Oeste”, explica Suarez.
A técnica está sendo desenvolvida pelo aluno de doutorado Melquizedeque Alves, do Instituto de Química da UnB. Ele ainda tem um ano e meio para concluir o curso, mas testes feitos durante os últimos seis meses revelaram que a nova tecnologia é eficaz para baratear a produção de biodiesel. “A soja é a matéria prima mais utilizada, mas sabemos que para ter a soja precisamos plantar e isso sai caro”, explica Alves. "Ainda não sabemos o quanto será mais barato porque deveríamos fazer um estudo específico para isso, mas temos certeza que ficará bem mais barato", completa Suarez.
Além da matéria prima, o processo de produção de biodiesel com óleo de macaúba também é diferente. Com a soja ocorre a transesterificação – uma reação química entre o óleo de soja, um álcool e um catalisador, como por exemplo a soda cáustica. Já o biodiesel com óleo de macaúba passa pela esterificação – outra reação química que utiliza o óleo de macaúba, um álcool e o catalisador, que neste caso é um metal, o cádmio. “O catalisador diferente é a nova tecnologia nesse processo de preparação”, explica Suarez.
Os processos diferentes de preparação ocorrem porque o óleo de macaúba é mais ácido que o de soja. Para ter a mesma qualidade de biodiesel, com uma matéria prima barata, é preciso modificar o processo de preparação do combustível. “Cada tipo de óleo precisa de uma tecnologia diferente para obter o biodiesel de boa qualidade”, explica Alves.
O biodiesel é um combustível biodegradável derivado de fontes renováveis, que pode ser obtido por diferentes processos, a partir de gorduras animais ou de óleos vegetais, existindo dezenas de espécies vegetais no Brasil que podem ser utilizadas.

PF investiga esgoto para combater tráfico de droga

Em teste realizado no Distrito Federal, polícia calcula consumo em 2 t/ano. É possível monitorar consumo por quarteirão e até mesmo localizar laboratórios que produzem cocaína
A Polícia Federal adotou um novo método para combater o tráfico de drogas no país: a análise da rede de esgoto das cidades.

Os primeiros testes foram feitos neste ano na rede do Distrito Federal e levaram a PF a calcular que o consumo de cocaína na capital federal é de duas toneladas por ano.

A pista deixada pelos usuários é uma substância química chamada Benzoilecgonina, expelida na urina.

É possível identificar até mesmo o consumo por quarteirão, dependendo do número de equipamentos instalados em uma região.

Além do mapeamento de áreas de uso, o método permite investigar laboratórios que produzem cocaína.

Em regiões onde há consumo da droga, geralmente a análise encontra quatro partes de Benzoilecgonina para cada uma da cocaína pura.

Se a relação se inverte e grandes quantidades da droga são encontradas, é provável que na região ocorra a lavagem de objetos usados na fabricação do entorpecente.

"As análises poderão orientar a repressão ao tráfico de drogas porque vão mostrar nos mapas as regiões onde se consome mais e onde as investigações devem ser intensificadas", afirma o diretor Técnico-Científico da PF, Paulo Roberto Fagundes.

O projeto, intitulado de Quantox (Quantificativo de Analitos Tóxicos), foi desenvolvido pelo Serviço de Perícias em Laboratório e Balística, órgão do Instituto Nacional de Criminalística da PF.

CRACK
O perito criminal federal Adriano Maldaner, chefe do serviço, diz que o objetivo é desenvolver análises para detectar vestígios de crack.

"O princípio ativo da pedra de crack é a cocaína, porém o crack é muito menos estudado que a cocaína. Nosso objetivo é produzir estudos inclusive para a comunidade acadêmica", diz.

Com as amostras colhidas em seis estações de tratamento de esgoto, nos dias 16 e 17 de março e 1º e 2 de junho, a PF calculou em, no mínimo, duas toneladas o consumo da droga.

Em 2009, cerca de 350 kg de cocaína foram apreendidos na região- com mais de 2,5 milhões de pessoas.

"Antes do Quantox, era difícil saber se as quantidades apreendidas pela PF eram significativas em relação ao combate ao tráfico. Com as análises, agora podemos fazer melhor esse tipo de avaliação", disse Maldaner.

As análises foram feitas em parceria com a Unicamp e UnB. Estudos semelhantes já foram realizados na Itália, Reino Unido, Suíça e EUA.
Samambaia foi a cidade em que pesquisa mais detectou cocaína
De acordo com a análise, média anual na cidade-satélite é equivalente a 27 doses por pessoa. Número encontrado pela PF é quase quatro vezes maior do que nas outras cidades que fizeram parte do projeto
A cidade-satélite de Samambaia foi a região do Distrito Federal onde a Polícia Federal encontrou o maior consumo de cocaína nas primeiras medições realizadas pelo projeto Quantox.

Os cálculos dos peritos criminais da PF ligados ao projeto apontaram um consumo médio por ano de 27 doses de cocaína por pessoa na cidade-satélite.

O resultado chama atenção por ser quase quatro vezes maior do que a média geral apurada pela pesquisa nas outras regiões pesquisadas do Distrito Federal.

De acordo com os resultados apontados pelo Quantox, nas outras cidades do Distrito Federal a média de consumo encontrada é de sete doses da droga por habitante anualmente.

As equipes da PF colheram amostras em seis ETEs (Estações de Tratamento de Esgoto) da região analisada: Sul, Norte, Riacho Fundo, Paranoá, Samambaia e Ceilândia (Melchior).

Essas ETEs são responsáveis pelo tratamento de cerca de 70% de todo o esgoto produzido e despejado nas redes de coleta do Distrito Federal.

ASSENTAMENTO
De acordo com o diretor técnico-científico da PF, Paulo Roberto Fagundes, Samambaia é uma cidade-satélite que teve origem a partir de um dos assentamentos criados pelo ex-governador Joaquim Roriz.

A cidade nasceu com o objetivo de abrigar as pessoas que migravam das outras regiões do país e começou a se desenvolver a partir de 1989. Hoje, Samambaia tem cerca de 150 mil habitantes.

O diretor afirma que a população do local é composta por uma maioria de habitantes nas faixas C e D de renda.

O diretor técnico-científico da PF afirma que ainda é preciso aprofundar os estudos sobre os números de Samambaia, mas as análises do Quantox permitem levantar algumas hipóteses sobre o resultado encontrado.

"Pode ser uma região onde estejam fixadas algumas "bocas" poderosas e em função disso haja um público consumidor maior na área", de acordo com o diretor.

Em números absolutos, os cálculos da PF apontam um consumo de 512 kg de cocaína por ano em Samambaia.

Em termos percentuais, essa quantidade corresponde a 37% do total consumido na área abrangida pela pesquisa do Quantox.

PLANOS
No segundo lugar no ranking do Quantox, está a cidade-satélite de Melchior, com 397 kg por ano, o que representa 27% do total.

Em seguida na lista aparece a Asa Sul de Brasília, com um consumo de 304 kg da droga (quantidade equivalente a 21% do total apontado pela pesquisa).

De acordo com Fagundes, a meta agora é levar o Quantox para outras cidades brasileiras e integrar o projeto aos trabalhos das autoridades ligadas ao combate ao crime organizado. "Para expandir o Quantox para outros lugares será necessária também uma negociação com companhias de água e esgoto de outros municípios", diz.
Fonte: Flávia Ferreira
Folha de S. Paulo
Sexta-feira, 06 de agosto de 2010
Notas de real têm traços da droga, diz estudo
Um estudo realizado pela Universidade de Massachusetts em 2009 em mais de 30 cidades de cinco países concluiu que 80% das cédulas de dinheiro que circulam no Brasil têm traços de cocaína.

Foram avaliadas dez notas no país. O Brasil foi superado apenas por Canadá, que, de acordo com o teste, tem 85% das notas contaminadas, e Estados Unidos.

A pesquisa diz que cerca de 95% das notas de dólar que circulam em Washington têm vestígios de cocaína. Em Boston, Baltimore e Detroit, os índices são de 80%.

Ainda de acordo com dados da pesquisa, a China e o Japão foram os países que apresentaram o menor nível de cocaína no dinheiro em circulação.

De acordo com os cientistas, as cédulas conservam restos da droga quando são usadas como "canudo" para inalação. Essas notas podem acabar contaminado outras que não serviram para consumir cocaína.

Segundo Yuegang Zuo, o autor da pesquisa, de maneira geral aumentou o número de cédulas com vestígios da droga nos últimos anos.

"Não sabemos com certeza por que houve esse aparente aumento, mas ele pode estar relacionado à crise econômica mundial, que fez com que mais pessoas estressadas recorressem à cocaína", disse.
Folha de S. Paulo
Com Agências
Sexta-feira, 06 de agosto de 2010

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Mistura de hidrogênio à gasolina melhora desempenho de carro

Mistura de hidrogênio à gasolina melhora desempenho de carro
Professor da Agronomia conseguiu aumentar de 11 para 20 quilômetros por litro o desempenho de seu carro com um equipamento desenvolvido e instalado por ele: um gerador eletrolítico de hidrogênio
Ana Lúcia Moura - Da Secretaria de Comunicação da UnB


Luiz Filipe Barcelos/UnB Agência
Com hidrogênio Oliveira passou a economizar gasolina
Um Fiat Strada 2007 sai da 214 Norte em direção ao Balão do Torto. A uma velocidade de 80 quilômetros por hora, segue pelo Eixão até o Balão do Aeroporto. De lá, repete o trajeto antes de voltar à 214 Norte. Quem dirige o carro é o professor Sebastião Alberto de Oliveira, do Departamento de Agronomia da Universidade de Brasília.
Ao parar o automóvel, ele saca do bolso papel e caneta e calcula o resultado: 20,9 quilômetros por litro de combustível. Comemora. O resultado é o melhor obtido desde que instalou no carro uma máquina montada por ele: um gerador eletrolítico de hidrogênio. O equipamento melhora a potência do motor, diminui o consumo de combustível e gera menos poluição. Sem ele, o gasto com gasolina pelo carro de Sebastião é de 1 litro para cada 11 quilômetros rodados.
A invenção não é exclusiva do professor. Pesquisadores da UnB e de outras universidades têm trabalhado em projetos de utilização do hidrogênio associado a outros combustíveis, mas o resultado alcançado por Sebastião surpreendeu outros pesquisadores da UnB. “É um resultado excelente”, afirma o professor Rafael Morgado, do curso de Engenharia da Faculdade UnB Gama, que trabalha há um ano em um projeto semelhante, mas ainda não testado em veículos.
COMO FUNCIONA - A máquina de Sebastião é composta basicamente por dois recipientes. Um deles, de vidro, contém água com sal. O outro, contém 17 placas de aço inox dispostas paralelamente e fica conectado à bateria do carro. A solução de água com sal sai por uma mangueira até chegar ao recipiente com as placas, onde é aquecido pela energia da bateria. A temperatura, que é de quase 100 graus Celsius, quebra as moléculas de hidrogênio contidas na solução e forma o gás hidrogênio, que segue para o motor do carro por outra mangueira. No motor, o gás se mistura ao combustível, que pode ser gasolina, álcool ou diesel. (veja ilustração abaixo).
Marcelo Jatobá/UnB Agência
Segundo Sebastião, a economia é causada por três motivos. O primeiro é que o hidrogênio é muito mais energético que a gasolina. Segundo, a expansão da água gerada também ocasiona aumento de potência do motor. Além disso, a água em alta temperatura causa limpeza das válvulas, velas, bicos, injetores, câmaras de combustão, que vão afetar o rendimento do carro. “É provável que, desses fatores, a limpeza da câmara de combustão seja o principal responsável pelo rendimento do motor”, acredita.
INFLAMÁVEL - O professor Rafael Morgado explica que o hidrogênio nessas experiências funciona como um catalisador. Em parceria com o professor Carlos Alberto Gurgel, da Engenharia Mecânica, ele está desenvolvendo um experimento parecido com o de Sebastião, mas estuda maneiras de controlar a saída do hidrogênio para tornar mais eficiente o resultado no carro, além de garantir mais segurança. “O hidrogênio é extremamente inflamável, por isso o controle é importante”, explica. Até o final do ano, ele vai instalar em seu Opala 1976 o gerador eletrolítico que está desenvolvendo.
Os equipamentos de Sebastião e Rafael podem ser utilizados em carros a gasolina, álcool ou diesel, mas nem todos têm espaço no motor para alojar a máquina. “A invenção não é novidade. O problema é a aplicabilidade e otimização do sistema em função dos tipos de carros”, explica. Ele explica também que o rendimento depende da velocidade, da amperagem e da concentração de hidrogênio. Mas o professor Carlos Alberto Gurgel alerta para os cuidados que o experimento exige. “O manuseio do hidrogênio exige conhecimento científico e experiência. Em meu laboratório, por exemplo, já houve duas explosões”, revela.
SUCATAS - Além de reduzir o consumo de gasolina e ser menos poluente, o gerado eletrolítico ainda é produzido a partir de sucatas. As placas, por exemplo, são sobras das lojas que vendem esse produto. O professor junta os restos e o técnico Edílson dos Santos Pereira, responsável pela oficina mecânica do Instituto de Física, corta no formato necessário em suas horas vagas. “Sem a ajuda dele, teria sido muito difícil executar o trabalho”, elogia.
A construção do gerador de hidrogênio nasceu da insistência do professor em desenvolver maneiras de tornar seu próprio carro mais econômico. A cada 15 dias ele vai ao Sul de Tocantins, onde tem uma fazenda e o consumo de gasolina pesava no bolso. Foi quando começou as pesquisas, em novembro de 2008.
Até chegar ao modelo atual de gerador de hidrogênio, ele testou vários outros. O primeiro eram dois tubos, um dentro do outro, mergulhados na solução de água com sal. “Fui observando os problemas e aprimorando o projeto”, conta. O professor continua experimentando outras alternativas que possam melhorar o resultado no carro, como aumentar o número de furos nas placas de aço inox.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Carreiras - Perito criminal (3/3)

Carreiras - Perito criminal (2/3)

Carreiras - Perito criminal (1/3)

O programa fala sobre uma carreira fundamental para o Judiciário - a de perito criminal. O perito é um funcionário público, a serviço da justiça, que realiza a análise crítica e científica dos locais onde ocorreram crimes.

"O perito, como auxiliar da justiça, analisa vestígios. Ele produz a prova pericial que auxilia o juiz em suas decisões", conta o entrevistado Hélio Buchmüller, da Polícia Federal. Como mestre em Genética e doutor em Ciências, Buchmüller trabalha com genética forense em laboratório, na elucidação de casos policiais.

O Carreiras vai ao ar no sábado, às 22h. Horários alternativos: segunda 22h30; quarta 21h; quinta 18h e
sexta 13h30.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

quinta-feira, 6 de maio de 2010