sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Robô canadense atuará contra bombas na Copa




Polícia Federal  investe R$ 7 milhões em equipamentos que incluem também trajes antifragmentos e tendas com espumas especiais para detonação de explosivos

Mesmo que os assuntos mais noticiados com relação à preparação do Brasil para a Copa do Mundo de 2014 sejam a substituição do técnico Dunga por Mano Menezes e a construção de novos estádios de futebol no país, os preparativos passam também por outras áreas, como a de segurança.

Por isso, para intensificar as políticas antiterrorismo, a Polícia Federal anunciou a aquisição de novos equipamentos tecnológicos focados na prevenção de ataques por bombas.

A compra inclui um robô que detona bombas a distância com jato d'água, traje antifragmentos para proteger os peritos que desmontam artefatos explosivos e uma tenda, parecida com uma barraca de camping, que possui uma espuma especial e é utilizada para implosões de objetos suspeitos feitos com canhões ou granadas. Segundo o perito criminal federal Adauto Pralon, ao todo foram investidos US$ 4 milhões em equipamentos e viaturas especiais, o equivalente a R$ 7 milhões,mas o investimento vai atingir cerca de R$ 17,5 milhões até 2014.

As viaturas compradas se diferem das convencionais por serem maiores e possuírem geradores de energia e equipamentos de iluminação acoplados. Os carros também têm a parte elétrica adaptada para poder disponibilizar tomadas necessárias para ligação dos equipamentos.

A principal aquisição, o robô, se move sobre esteiras, como trator, e possui um sistema de transmissão digital de dados e pode agir emum raio de 200 metros sem perder comunicação comos policiais. Os robôs são fabricados pela empresa canadense Allen Vanguart e custam US$ 860 mil cada, cerca de R$ 1,5 milhão. Foram comprados três até agora.

O investimento inclui três unidades antibomba completas, sendo que duas estão emBrasília e uma no estado do Rio Grande do Sul, e incluem, além do robô, a viatura especial, as roupas de proteção e as barracas de detonação.

A meta, segundo Pralon, é contar com uma unidade dessas em cada uma das doze cidades sede da Copa.

Outras utilidades
Pralon afirma que, apesar das compras de equipamentos antibomba terem como foco a segurança durante a Copa do Mundo de 2014 e Olimpíada de 2016, os aparelhos serão utilizados também em outras ocasiões para, por exemplo, executar ações em ambientes inóspitos para seres humanos e fazer sondagem em locais de alto risco.

Outra novidade tecnológica adquirida pela Polícia Federal e prevista para ser utilizada também em outras oportunidades além dos eventos esportivos é o equipamento portátil de raio-x on-line, comprado da empresa israelense Vidisco, que também pode ser acoplado ao robô antibomba, se necessário. Dessa forma, é possível radiografar objetos suspeitos e checar o que há dentro deles por meio do notebook, que reproduz as imagens. Dessa forma, não há gastos coma impressão de chapas, o que ocorria antes da compra do aparelho.
Roupa antifragmento é similar às do filme Guerra ao Terror
Segundo o perito  criminal federal Adauto Pralon, a realidade da segurança pública brasileira não está tão distante da ficção hollywoodiana. Pralon afirma que as roupas antifragmentos compradas pelo Brasil da empresa canadense Allen Vanguart são as mesmas que as utilizadas no filme Guerra ao Terror, vencedor do Oscar de melhor filme desse ano. A vestimenta é tão importante no roteiro que o título original, The Hurt Locker, ou Armário da Dor, em português, faz alusão às roupas, comparando-as com armários. O robô antibomba, que aparece em várias cenas do longa metragem, no entanto, é "menos versátil que o nosso", diz o especialista da Polícia Federal. Dirigido por Kathryn Bigelow, o filme retrata um esquadrão antibombas  do Exército americano formado por três soldados em missão no Iraque. O foco do grupo é desarmar explosivos encontrados em áreas civis do país.
Fonte: Carolina Pereira
Brasil Econômico
Sexta-feira, 03 de setembro de 2010

Um comentário:

  1. Eu desenvolvi um prototipo que pode fazer as mesmas coisas que esse robo canadense que nao custa mais que mil dolares. mas o Brasil nao valoriza seus pesquisadores! prefere dar dinheiro pra quem o tem.

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